O motor propulsor para que a saúde mental perinatal passe a ter muito mais valor na ciência, cultura e sociedade.

Por:

Profª. Pós-Drª. Rafaela de Almeida Schiavo CRP/0693353

Quando começou a existir um avanço em relação a mulher e as questões da maternidade, a paternidade passou a ser alvo de questionamentos também, porque até então a mulher tinha que engravidar porque não tinha outro jeito. A partir da década de sessenta a gente tem os métodos contraceptivos, e isso começou a dar muita liberdade para essa mulher poder escolher se quer ou não ser mãe, quantos filhos ela quer ter, quando quer ter.


Tendo em vista isso, a própria academia investiu em conhecer sobre as emoções envolvidas neste período. Por quê? Antes a lógica era: “Não existem emoções negativas, são só positivas, porque é o momento que a mulher então está realizando um sonho”. Então o pensamento era: “Não tem porque, a gente é da saúde mental materna, não tem porque a gente investigar sobre isso, porque já está posto, já está dado, elas estão plena e estão felizes”. E aí nos últimos vinte anos a gente viu que estava longe de ser assim.


As mulheres também estão a estudar mais sobre isso e a gente começa a sentir na própria pele. Não. Não é assim do jeito que que estão dizendo. Que a mulher está plena, que está feliz, que é isso que ela queria. Não, não é isso.


Então começou a existir esse espaço, porque antes existia “ai daquela mulher que ousasse dizer que que não quer ser mãe”. Se hoje mulheres falam abertamente que não querem ser mães e ainda sofrem discriminação e preconceito, imagina cem anos atrás? E a ciência, ela olhava para isso, mas completamente diferente da forma como se olha hoje. Como se tivesse algum desvio e que precisasse de algum tratamento, algum tipo de medicação, internação, psicoterapia, análise ou qualquer coisa que o valha.


Nesses últimos vinte anos, até mais, quarenta anos, as coisas começaram a modificar por que a cultura se modificou, percebe? Então, a gente consegue modificar a cultura. Mulheres estudando, indo para a graduação, engravidando e começando a sentir as emoções de não plenitude, de não felicidade.


E aí, essas pesquisadoras inclusive também começaram a se questionar sobre isso. Então homens e mulheres na ciência começaram de fato a questionar a plenitude e a felicidade que se pregava por aí em relação a esse período, e esse foi um grande impulso para que chegássemos onde estamos agora. 

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